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19. THE RECEPTION OF THE CLASSICS: INTERTEXTUALITY AND TRANSLATION

Panel Convenors

Matheus Trevizam (Federal University of Minas Gerais) [matheustrevizam2000@yahoo.com.br]

Patricia Prata (State University of Campinas, São Paulo) [patricia_prata@uol.com.br]

 

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[EN]

The purpose of this thematic panel is to welcome communications related to the common theme of the reception of Greco-Roman Classics in the literature of all times. We start, thus, by recalling the fact that the literary making of the ancients developed its assumptions within a long tradition. Such a process favored authors of subsequent times to “appropriate” intertextually from the works of these predecessors.

 

Within the scope of poetry, the most notorious example perhaps concerns the Virgilian triad of the Eclogues, Georgics, and Aeneid, whose generic-imaginative models are elsewhere, in creators such as Theocritus, Hesiod, and Homer himself often alluded to and/or transformed by the hands of Rome’s greatest poet. Under different conditions, we also know that Virgil, honored with the possibility of becoming a “Classic” (i.e. a literary model) in life, soon served as an inexhaustible reference for poets such as Ovid, Statius, and even the epigrammist Martial.

 

On the other hand, the reception of the Classics, in a broader sense, has also occurred with special intensity through the work of successive translators, from a wide range of eras and cultures. Recurring to the metric arts, to sounds and rhythms, as well as to images and figures, some translators searched with precision, each in their way, “to serve as a bridge” between coeval readers and the ideas and sensibility of ancient times. Regarding the translational labor of the Virgilian work, this is the case of the Italian Annibale Caro (16th century); the Englishman John Dryden (17th century); the Frenchman Jacques Delille (18th century); the Portuguese João Franco Barreto (17th century), Barreto Feio, Castilho, Lima Leitão (19th century), as well as Agostinho da Silva (20th century); and the Brazilian Manuel Odorico Mendes (19th century).

 

The two poles of interest of this panel, therefore, deal with the general idea of the reception of the Classics in a double perspective. First, it considers the intertextual use of previous Greco-Roman texts in the works of authors who incorporated them into their literary texts. Second, and more specifically, it considers the modality of the intellectual doing of translators since endowed with the characteristic attributes and procedures of the writers they translate, translators are also allowed to elevate their creations to an artistic level of expression.

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Abstracts should be sent to: coimbraclassics2020@gmail.com

Accepted languages are English and Portuguese.

Duration of communication: 20 min.

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Abstracts should have:

- Title of communication

- E-mail

- University

- Abstracts (max 250 words)

- Keywords (5 to 10 words)

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[PT]

O objetivo deste painel temático é acolher comunicações que se vinculem ao tema comum da recepção dos Clássicos grecorromanos na literatura de todas as épocas. Começamos então lembrando o fato de que o fazer literário dos antigos desenvolveu seus pressupostos dentro de uma longa tradição. Tal processo favoreceu que autores de tempos subsequentes também “se apropriassem” intertextualmente das obras desses predecessores.

Pensando no âmbito da poesia, o mais célebre exemplo conhecido talvez diga respeito à tríade virgiliana das Bucólicas, Geórgicas e Eneida, cujos modelos genérico-imaginativos se encontram alhures, em criadores como Teócrito, Hesíodo e o próprio Homero, amiúde aludidos e/ou transformados pelas mãos do maior poeta de Roma. Sob condições diferentes, também sabemos que Virgílio, honrado com a possibilidade de tornar-se um “Clássico” (i.e. um modelo literário) ainda em vida, logo serviu de inesgotável ponto de referência a poetas como Ovídio, Estácio e mesmo o epigramista Marcial.  

Por outro lado, a recepção dos Clássicos, em sentido lato, também ocorreu com especial intensidade por meio das obras de sucessivos tradutores, de um vasto espectro de Eras e culturas. Recorrendo às artes métricas, sons e ritmos, imagens e figuras, alguns tradutores buscaram com precisão, cada qual a seu modo, 'servir de ponte' entre as ideias e sensibilidade do mundo antigo e os leitores coevos. No que tange o esforço de tradução da obra de Virgílio, esse é o caso, por exemplo, do italiano Annibale Caro (séc. XVI); do inglês John Dryden (séc. XVII); do francês Jacques Delille (séc. XVIII); dos portugueses João Franco Barreto (séc. XVII); Barreto Feio, Castilho, Lima Leitão (séc. XIX), bem como Agostinho da Silva (séc. XX); e do brasileiro Manuel Odorico Mendes (séc. XIX).

Os dois polos de interesse deste painel, portanto, tratam da ideia geral da recepção dos Clássicos numa dupla perspectiva. Primeiro, considera-se o uso intertextual de textos greco-romanos anteriores em autores que os incorporaram a seus textos literários. Segundo, e mais especificamente, considera-se a modalidade do fazer intelectual de tradutores. Uma vez dotados de atributos e procedimentos característicos dos escritores que traduzem, é facultado também aos tradutores elevar suas criações a um nível artístico de expressão.

 

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